O “BV” oculto no mercado de casamentos

Primeiramente, vamos explicar como é o BV nas suas origens:
Mas, onde que essa prática começou a fazer sentido em um evento?


O que nossos fornecedores acham do assunto:
“A Duo Borgatto não é adepto dessa prática, na verdade somos contra pois entendemos que as indicações devem ser feitas por qualidade e sinergia de trabalho para cada cliente. Nós temos nossa rede de parceiros e os indicamos de acordo com cada tipo de cliente/necessidade e não baseado no retorno financeiro (BV) imediato.
Já ‘perdemos’ clientes por deixar claro com a assessoria em questão que não trabalhávamos com BV e tampouco mandaríamos valor de orçamento adicional já contemplando esses valores”
Como fornecedora de doces não concordo com esse tipo de prática. Quero que meus produtos sejam oferecidos e indicados aos noivos pela qualidade, sabor, enfim, pelo reconhecimento do nosso trabalho e não nos indicar para receber uma “comissão”.
Não gosto e não concordo. Acho uma falta de ética. O objetivo de um wedding planner deve ser encontrar as melhores soluções para os noivos e não encontrar as soluções com que ganha mais dinheiro. Não cobro e inclusive todos os descontos que alguns parceiros me dão eu repasso
para os noivos.
Em algumas organizações de certificação profissional o pagamento ou recebimento de comissõess é fator para não se aceitar esse profissional para certificar dado ser considerado anti ético.
Não concordo com a BV. Concordo com parcerias entre fornecedores.
O que eu entendo como parceria? Parcerias são indicações de bons fornecedores, que tem comprometimento, responsabilidade e qualidade. Um evento não acontece só com um fornecedor. Exemplo: Na mesa de doces tem a mesa do buffet, a decoração e as forminhas. Cada fornecedor já recebe pelo seu trabalho logo não se justifica a cobrança.
Entendo que cada um tenha que fazer seu trabalho com excelência, se cercando de profissionais que tenham qualidade e responsabilidade no que fazem.
Cobramos sim! Mas não dinheiro. Nós cobramos que o fornecedor esteja pronto para ouvir os desejos dos nosso clientes e que em conjunto com nosso escritório as ideias se alinhem para que o planejamento e organização aconteçam com foco na segurança e tranquilidade que o cliente espera ao nos contratar.
Lógico que eu adoraria receber mais pelo meu serviço e ser mais reconhecida financeiramente, mas a maioria não compreende o valor de uma assessoria, então muitos profissionais acabam apresentando valores inferiores para facilitar a negociação e no andamento do evento recebem comissões expressivas para equilibrar a sua receita.
Não questiono e muito menos repreendo, faz parte do mercado, mas não é a minha forma de trabalho.”
“Acredito que esta comissão é justa apenas se contemplar, juntos, estes dois fatores:
1) O profissional em questão precisa deixar muito claro aos noivos como ele procede com relação à comissões. É importante que os clientes estejam cientes do que acontece e como acontece. Acho muito anti ético quando os clientes não são avisados, pois pode ocorrer de estarem pagando a mais por cada serviço que contratam, mesmo já tendo pago o produtor/cerimonial/assessor (a).
2) Quando o produtor tem uma lista de indicações coerente, enxuta e baseada na confiança, indicando aos noivos os profissionais que realmente se adequam à proposta e ao estilo do casamento. E que ele traga, para o profissional indicado, contratos em negociação avançada e com chance real de fechamento. Pois o que vemos acontecer, na maioria dos casos, é que o produtor “indica” uma lista enorme de profissionais, por exemplo 10 fotógrafos, marca reuniões com todos e ainda por cima fica fazendo “leilão” de preços para ver quem abaixa mais o valor. Assim, é óbvio que o casal vai fechar com alguém que ele “indicou”, consequentemente a comissão dele está garantida, mesmo que sem merecimento.
Na minha opinião, não seguir estas duas condições denota extrema falta de ética por parte do organizador do casamento.”
“Nunca cobrei e nem acredito que deva. Devo cobrar pelo meu trabalho, e tenho a obrigação de oferecer aos meus clientes bons profissionais, e não profissionais que sejam indicados apenas pelo recebimento de comissoes.
A minha maneira de trabalhar é cobrar apenas pelo meu trabalho, e ainda a ajudo a conseguir os melhores descontos junto aos meus parceiros.”
“EU ACHO ANTIÉTICO, não acho honesto com o cliente, não acho transparente. Não pratico e não concordo. Eu penso que o cliente já esta pagando pelo meu trabalho, por quê eu deveria ganhar de fornecedores para favorece-los? Se o fornecedor presta um serviço de excelência e qualidade eu certamente indicarei, não precisa haver uma contrapartida para isso! De igual forma espero que façam isso com relação ao meu trabalho!
Sou honesta em falar, mesmo quando elas não perguntam, que eu não pratico e não concordam e que elas podem ter certeza que na maioria das vezes eu até encaminharei os emails com cópia na integra pois não há nada a esconder do meu cliente!
Sinceramente, eu acho que nós como orientadores dos noivos, temos que realizar as indicações dos fornecedores de acordo com o perfil de nossos clientes, levando em conta sempre o bom senso e o bom gosto. Eu costumo entender nas primeiras reuniões o estilo do cliente para conseguir indicar o fornecedor que vai entregar o melhor trabalho e dentro das expectativas. Claro que existe os fornecedores que gostamos muito de trabalhar e sabemos que a parceria “flui” e nós, como influenciadores, precisamos saber fazer esse intermédio. O melhor é a indicação entre profissionais pela qualidade de cada um e pela parceria. É o caminho mais verdadeiro dentro desse universo de casamentos, trabalhamos com sonhos o tempo todo.
Nunca paguei e nunca recebi. Isso nem entra em questão quando indico clientes aos fornecedores (foto, buffet, decoração), por exemplo. Procuro fugir de vendas casadas. Mas conto com ajuda para que os noivos consigam flexibilidade em valores ou condições de pagamento.”

E o que a lei diz?
