Casaval Casamento e Carnaval

por Redação

Quando conhecemos a Silvia Strass, vimos uma pessoa “puro amor”, com um trabalho super fofo e repleto de carinho. Já imaginamos que seu casamento ia ser cheio de brilho, alegria e purpurina. E foi muito além de tudo isso, extremamente criativo e original, já que o casal optou por fazer de seu casamento um carnaval de rua entre os amigos. Ela deu seu depoimento sobre o dia em que celebrou a sua união com o Pablo, achamos tão legal que vamos mostrar pra vocês nas palavras da própria:

Da noiva:

“Chegou, sim, o grande dia. Pra falar a verdade, não parecia que chegaria. Porque tudo parecia um sonho. Ao longo dos meses anteriores, muitas emoções apareceram. Algumas difíceis de administrar. Choro, nervosismo, ansiedade, irritação, medo de nada dar certo no dia, enfim. Choveu no dia anterior, raios e trovoadas para o nosso desespero. Mas, no dia seguinte, não tinha como ter sido mais perfeito. Vou contar como foi, desde o começo.

Quando a gente resolver se casar, foi tudo muito lindo e sincero. Mas, quando começamos a pensar em como faríamos a festa, estávamos quase deixando pra lá, porque nada fazia sentido pra gente. Até que tive uma idéia! A gente já se conhecia, mas a primeira vez que nos olhamos com outros olhos foi em uma festa de rua. No dia seguinte, fundamos o Bloco Bastardo junto com uma galera. Então, por que não fazer a festa em um cortejo de carnaval, fora de época? Claro, não tinha lugar melhor que a rua pra comemorar essa amor, onde ouvimos o plim! A partir daí, pensamos em cada detalhe pra grande festa.

Minha maquiagem-arraso, foi a Fê Guedes quem fez. Meu vestido, foi uma querida amiga que trabalhou comigo um tempo atrás, a Érika Teruya. Ela conseguiu colocar em tecido, modelagem e lantejoulas, o que eu sempre sonhei. Minha mãe um dia me contou sobre um costume antigo, carregar um saquinho de sal com o vestido, pra trazer prosperidade. A Érika não só fez o saquinho pro sal, mas também pros confetes que eu ia jogar por aí prosperidade e alegria. Precisa de mais? Minhas madrinhas, fofas que são, quiseram ir de fadas, e se transformaram nas minhas fadas-madrinhas.

Fotos: Emiliano Capozoli

Quis incluir detalhes que me emocionam muito também. O brinco que eu usei foi um presente do meu pai pra minha mãe quando eu nasci. Como tínhamos a rua, eu escolhi usar dois sapatos, uma sandália flat feita artesanalmente pela talentosíssima Lane Marinho, e pra rua, o noivo me pediu pra usar o tênis que eu estava quando a gente ficou pela primeira vez. É claro que eu fiz o desejo dele! Além de ser bonito, era confortável! Aliás, os convidados eram livres pra vestirem o que quisessem. Fantasia, peças malucas do guarda-roupa, pinturas coloridas, ou simplesmente algo confortável pra rua.

Pra decoração, tínhamos que pensar em algo móvel. Foi então que meu querido amigo Matheus, do T-raZak, fez uma moldura de flores que poderia nos acompanhar onde quer que fosse. Ele também fez meu bolo, uma incrível delicia. Pro topo desse bolo, eu usei a caligrafia que fiz a mão para os nossos nomes no convite. Meu buquê super colorido e cheio de vida foi feito pelas meninas d’A Bela do Dia, um projeto/empresa fofíssima que entrega flores de bicicleta.

Nosso convite foi impresso em um balão que o convidado deveria encher de amor pra ler, entregue em um envelope cheio de confetes, lacrado com cera e nosso símbolo. Eu e o noivo (que fez questão de participar de cada detalhe) montamos tudo, com muito carinho.

Trocamos nossos votos e alianças então em uma praça na Vila Madalena, celebrada por dois grandes amigos. Minha irmã cantou na minha entrada. Foi lindo, lindo. Eu mesma não me aguentei e cai em lágrimas, claro. Noivamos em meio a uma festa, usando um barbante colorido que eu tinha na bolsa. E claro que essa idéia tinha que caminhar junto com a gente. Inspirada nessa história, nossa querida amiga e designer de jóias Renata Porto foi quem desenhou as alianças: elas têm uma canaleta que abriga a linha colorida, ficou incrível! Com isso, continuaremos a trocar a linha de tempos em tempos, renovando os votos quase que naturalmente e afirmando o efêmero junto do eterno.

Fotos: Luiz Prado
Fotos: Rodrigo Schmidt

Depois de celebrado o casamento, seguimos em cortejo pelas ruas da cidade até chegarmos em uma segunda praça. No caminho tivemos bebida, pipoqueiro e algodão doce nos acompanhando por todo o trajeto. Os convidados todos receberam um kit com confetes e uma tacinha pra bebericarem. Falamos com a associação de moradores da praça e cuidamos pra que não deixássemos lixo pra trás, nem que o som incomodasse os vizinhos. Em nenhum bloco de carnaval pode faltar estandarte e é claro que tivemos o nosso além de uma amiga fofa, a Alessandra, como porta-estandarte. Pra homenagear as pessoas especiais que não estão mais com a gente, bordamos o nome delas ali no pavilhão.

Fotos: João Gold

É muito emocionante pra mim pensar que cada amigo, com sua habilidade especial, deu sua contribuição pra festa. Foi tudo cheio de amor. Foram músicos, cantores, fotógrafos, produtores, video maker, especialista de som, aqueles que cuidavam do trânsito pro bloco passar, grandes amigos que discursaram palavras de amor na hora da cerimônia, a estilista, a ourives, a maquiadora, minha irmã que cantou, a porta-estandarte, o amigo que fez o bolo e a decoração de flores que emoldurava a gente. Gratidão a todos, fizemos uma festa linda, linda! E cada um que participou derramou amor junto com a gente pelas ruas dessa São Paulo, que tá cheia de amor, sim. Prá fechar com chave de diamantes e gargalhadas, o Bruno Vergueiro fez um video da festa que tá de arrasar. Ele conseguiu captar toda a magia do dia que me casei com meu maior presente e minha melhor definição de parceria. Convido vocês a assistirem, mesmo”.

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