6 Dicas Para Começar a Correr
por Ana Motta
Você já tentou fazer algum esporte, mas nunca persistiu? E agora ficou noiva e quer voltar a praticar, mas não consegue? Ou jamais fez atividade física e quer estar com a melhor forma possível no dia do casamento? No post de hoje vou te mostrar como a corrida pode transformar o seu estilo de vida – e permanecer depois do casamento!
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Na semana passada, durante uma conversa com a nossa editora Thaisa, comentei que vi os seus stories praticando corrida. Assim como várias leitoras da Mariée, a Thaisa quer incluir a atividade física no seu estilo de vida. Eu, que sou praticante de corrida de rua resolvi contar a minha experiência e dar dicas para as noivas não desistirem do esporte. Mas atenção: sem recomendações médicas, ok? Esse artigo contém uma lista de inspiração – inclusive para você se inscrever no clube de corrida mais próximo da sua casa!
1- Sem desculpas!
Já escutei várias amigas dizendo que não conseguem correr. E aí entram diversos motivos: a respiração, cansaço, não conseguem acordar cedo, saem tarde do trabalho e por aí vai. Meu pai faz maratonas há mais de quinze anos e achava lindo, porém sem qualquer vontade de começar. Parecia que a genética esportista não tinha passado para os seus descendentes.
Na verdade, eu arranjava desculpas e nada de acompanhá-lo.
Somente quando me mudei de Curitiba para Londrina, as principais justificativas – muito frio; muito cedo; muito longe; que preguiça de chegar até o parque; porque tão cedo? – acabaram. A cidade tem sol e é calor o ano todo, me mudei próximo ao principal parque da cidade e tinha um tempo livre no final da tarde. Era agora ou nunca.
Somente quando me mudei de Curitiba para Londrina, as principais justificativas – muito frio; muito cedo; muito longe; que preguiça de chegar até o parque; porque tão cedo? – acabaram. A cidade tem sol e é calor o ano todo, me mudei próximo ao principal parque da cidade e tinha um tempo livre no final da tarde. Era agora ou nunca.
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2- Como começar?
Pelo começo. Day 1. Aperte o Start. Apenas calce o tênis e saia de casa. Parece algo óbvio, mas é assim que começa. Foi assim que todo mundo começou. Até aquela musa fitness não era tão boa assim e a procrastinação é inimiga de qualquer atleta (sim, porque você e eu seremos até o final desse post). Escolha um dia que está de bobeira, talvez aquele domingo com um céu bonito e que você esteja cansada do Netflix.
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3- A persistência existe fora dos livros de autoajuda
Depois de uns dias a gente cansa. E aí que entra a ajuda. É difícil começar algo sozinha, ainda mais um exercício que exige tanto do corpo. Por isso, a minha dica principal é: procure um grupo de corrida.
Tenho certeza que na sua cidade existem bons profissionais e pessoas que já praticam o esporte. Eles são fundamentais para você não desistir e melhorar a cada dia. Sem contar que é um ótimo espaço para conhecer pessoas e fazer amigos. Já participei de dois grupos e a energia do pessoal é sempre positiva.
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4- Corrida é um trabalho mental
O ato de correr exige muito de uma pessoa. Para além do esforço físico, a corrida mexe com a mente. Afinal, você passa muito tempo fazendo uma atividade contra sua vontade. Aliás, existe vontade em permanecer correndo por muito tempo? Aquela voz interior começa a brincar contigo e o que mais você quer é parar. Parece impossível chegar até o final do percurso.
Aí entra a famosa força de vontade. Até hoje, depois de muitos anos correndo, muitas vezes, nos primeiros dois ou três quilômetros eu quero parar. Durante uma corrida de rua, me pergunto porque estou ali, que não vou conseguir chegar até o ponto de hidratação, deveria ter dormido mais cedo ou que simplesmente não vou dar conta. E como superar isso?
A dica sensacional da Ana é: continue correndo. Mas de uma forma atenta. E isso vale também para aquela caminhada inicial, lá do tópico 1. Respire profundamente, olhe para frente e continue. Talvez foque naquele cara que te ultrapassou ou na barraca do açaí. Coloque um mini objetivo em mente e siga em frente.
5- De Zero para 15km
Depois do início, vem a rotina. Assim como aprender uma nova língua ou um instrumento, você precisa de treino. Comece aos poucos, intercale uma caminhada com uma corridinha até o próximo poste, de leve. Ninguém está aqui para ganhar medalhas e chegar no primeiro lugar. Nem vale a comparação com aquela amiga que consegue correr de maneira fácil. Cada um possui um ritmo e o importante é saber qual é o seu. Ganhar resistência. Evoluir.
Por isso a importância do treinador. É ele que pode passar um roteiro personalizado para seguir.
Procure também ver qual é o seu horário. Confesso que não gosto de correr na parte da manhã – tenho a impressão que toda a minha energia vai embora e o dia mal começou! No entanto, adoro correr no final da tarde, sentir que o dia valeu a pena. Não existem regras.
Procure também ver qual é o seu horário. Confesso que não gosto de correr na parte da manhã – tenho a impressão que toda a minha energia vai embora e o dia mal começou! No entanto, adoro correr no final da tarde, sentir que o dia valeu a pena. Não existem regras.
Outra dica é participar das corridas de rua. Sim, é um esforço enorme acordar às 7h da manhã em um domingo para correr. Mas é bacana ver a sua evolução. Comece pela menor quilometragem, geralmente 3 ou 4km. E aí vai aumentando. Lembro-me de uma subida que durante a minha primeira corrida me parece
u impossível de correr. Depois de um tempo, passei por ela várias vezes correndo e sempre feliz por ter superado.
u impossível de correr. Depois de um tempo, passei por ela várias vezes correndo e sempre feliz por ter superado.
Ana Paula Rabelo | Foto: Fred Santiago
6- O porquê da corrida
Poderia ser tênis, vôlei ou futebol. Ou um daqueles exercícios das blogueiras. Mas sigo com a corrida. É um dos poucos esportes que você não precisa de parceiros (se você, assim como eu, tem raquete de tênis, luva de boxe e outros itens guardados no armário..) Para a corrida, basta um tênis, uma roupa confortável e um tempo livre. É um momento que você tira para você. Que consegue deixar de lado as preocupações do dia e passa a reparar nos detalhes da rua, no pôr do sol bonito, na sua respiração.
E digo, com 100% de certeza, que no começo não é fácil. Cansa, você perde todas as energias e não sabe de qual lugar as pessoas acham legal ou divertido. Mas aí entra a magia da endorfina. Aquele momento em que você não sente as dores do corpo, que a passada entra no ritmo e você apenas… corre.
E isso não chega assim logo de cara. Porém, quando acontece, é significativo. Você quer que aconteça de novo. Aprende a superar limites que pareciam impossíveis. E leva isso para a vida. Quer melhor motivo do que esse?